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Cantor grava clipe com romance gay e quebra heteronormatividade do ritmo sertanejo


Felipe Titto e Guilherme Acrizio interpretam um casal gay no clipe de ‘Para Sempre’ (Foto: Cleomir Tavares/Divulgação)

O mineiro Thiago di Melo decidiu quebrar um tabu da música sertaneja e contar a história de um romance homossexual no clipe da música “Para Sempre”. Apesar do ritmo estar acostumado com a heteronormatividade, o vocalista decidiu abordar a paixão entre dois rapazes, definida pelo cantor como “um amor igual a qualquer outro”.


Gravado nas cidades de Betim, Juatuba e Mateus Leme, em Minas Gerais — o vídeo foi filmado em película de cinema e tem ares de curta-metragem. O protagonista é o ator global Felipe Titto, que vive o Samurai na novela teen Malhação. Trilha e direção ficaram por conta do próprio Thiago Di Melo, afilhado de Roberta Miranda, que levou dois meses para trabalhar no projeto.


Titto interpreta Marcelo, personagem que vive os dramas da doença cardíaca de seu namorado, Juliano (Guilherme Acrízio), um rapaz à espera de um coração na fila de transplante.

Os namorados não chegam a se beijar. Thiago, idealizador do vídeo, conta que o clipe quer mandar uma única mensagem: “O roteiro nada mais é do que uma história de amor”.


Com cenas dramáticas e românticas, a produção também tenta conscientizar o público sobre a importância da doação de órgãos e traz depoimentos de pessoas que passaram por transplantes. O projeto foi apoiado pelo Hospital do Coração de Belo Horizonte. Todo o lucro obtido pelo clipe será revertido para a instituição.


Inspiração veio da família


Casado há seis anos com Mel Martinez, Titto contou à revista Quem que se inspirou no amor que sente por sua família para interpretar o personagem. “Me baseei nas coisas que vivi. O carinho que sinto pela minha esposa e filho (Theo), eu transmiti para o meu marido em cena. É um amor igual a qualquer outro. Do meu ponto de vista, é o mesmo”, afirma.


O sertanejo Di Melo também teve inspirações no núcleo familiar para idealizar o projeto. “Tudo que faço é pensando nela (Larissa, sua filha de 11 anos) e em como ela vai ver as coisas. Não quero ser um cantor da ostentação ou da pegação. Temos que ter mais bons exemplos e pessoas que não tenham medo de falar de amor”, revela.


“Sou um artista que fala de amor. Criei essa história e pensei: ‘porque não criar essa história com um casal homossexual?’ É um casal cúmplice, com afinidades e que venceu na vida juntos. Tenho amigos gays e sou observador. Um dia, vendo dois amigos juntos pensei em contar uma história de amor. No curta, a gente fala de doação de órgãos, mas acima de tudo falamos de proteção e cuidado”, completa.


*Com informações da revista Quem


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